segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A Cidade-Morfina cobrando taxas, pra ver que nem nos importamos, de tão cansados que estamos.
Tá ai a explicação de não ter mais grandes movimentos da juventude contra os governos, como na época Bossa. Simplesmente: cansados!!!!!
...tá, essa é uma frase da 1979, do Smashing Pumpkins.
Vê aee o clip desse clássico do àlbum Mellon Collie and the Infinite Sadness, de 1995.


terça-feira, 4 de setembro de 2007


“Foi o tempo que dedicaste a tua rosa que fez tua rosa ser tão importante”.
Essa frase de Saint Exupéry tomou minha mente hoje. E refletindo sobre ela fui vendo a importância da mensagem que traz consigo. As coisas têm importância não por si só, mas pelo valor que agregamos a elas a partir do sentimento que nutrimos por elas. E o sentimento que nutrimos por algo é que nos faz dedicar tempo a ele, é um círculo.
Bom, até aqui novidade nenhuma. Essa análise sobre a frase não é o ovo de Colombo. Mas vamos adiante. A essa citação liguei uma questão vigente entre os gaúchos atualmente e, num meio onde o que menos se faz é aprofundar qualquer raciocínio sobre esse tipo de devaneio, em vista das condições de funcionamento lógico afetado.
Discute-se muito sobre a “lei seca”, que, aliás, não passa de um projeto de projeto no momento. Pois bem eis a questão: beber ou não beber, drinking or not drinking. E aí nos reviramos entre direitos e direitos. Porque é claro, todos mundos têm direitos. Os deveres? Ah, deixa pra lá, que coisa chata ter que arrumar meu quarto todo dia, manhê!!
Todos discutem: que direito tem um governante de tirar o direito de quem ganhou por direito ter direito de gerenciar sua vida e sua bebedeira?
E vamos nós em incontáveis raciocínios e discussões sobre quem tem direito de ditar uma lei e quanto ao direito de cada um de ter momentos de “felicidade extrema” em uma mesa de boteco ou em um happy hour no pub, ou rave, ou etc, etc, e de sustentar sua vida comercializando simplesmente mais um item ou vivendo exclusivamente da exploração de um dos desejos mais primários e legítimos do ser humano, a felicidade.
Utiliza-se horas, valorozíssimas diga-se de passagem, em rádios e tvs com tais arroubos de cidadania. E a questão principal se perde: que importância alcoolizar-se tem para a vida humana? Em que essa atitude contribui para a VIDA ,no verdadeiro sentido da palavra, de cada ser humano, cidadão ou não?
Pois é, fica perfeitamente colocado aí, e por inúmeras e consistentes argumentações, desde a psicologia, passando por todas as “gias” até a biologia, a frase do Pequeno Príncipe.
Será que conseguimos nos dar conta do tempo que dedicamos em nossa sociedade discutindo sobre assuntos já legislados do ponto de vista sociológico? Já existem leis regulamentando a venda e uso de bebidas alcoólicas. não é proibida a venda para menores? Em beiras de estradas? Não é proibido dirigir bêbado? Precisamos de mais uma lei para colocar todas estas em prática?Sejamos mais objetivos e bem, bem menos, quase nada subjetivos a respeito do nosso código civil e penal.
Justifiquemos o despropósito de tudo isso com a penas dois pontos de vista. Da psicopedagogia: para educar é preciso regras claras, objetivas, internalizadas e aplicadas, ponto. De que se utiliza a publicidade para fazer o consumo de drogas lícitas tornarem-se vitais para uma “vida plena”?
Pois é tempo que dedicamos, não raras vezes cegamente, ao assunto que lhe confere a importância inconsciente para toda população.Será que dedicando o mesmo tempo das discussões e do marketing sobre o assunto com a educação não resolveríamos muito mais coisas em nossa sociedade, não derrubaríamos os baobás que insistem em tomar conta do nosso mundo?

quinta-feira, 23 de agosto de 2007



Durante toda historia do homem, a meta é ultrapassar toda e qualquer dificuldade, seja ela comportamental, viral, mortal....irracional.
Em todo tipo de vida, as etapas estão presentes, obviamente, em cada segundo, pensamento...vive-se dessas etapas, e principalmente daquelas que quando aparecem são mortais, impossíveis, indissolúveis, impensáveis, incapacitantes....e todo prefixo que uma palavra pode suportar. Etapas: problemáticas...
Sim!pro-ble-má-ti-cas! E pode acreditar que quando está ruim, pode ficar pior. Mas que também vai passar, e graças a Deus que vai passar. Vai Passar o ruim, o bom, o médio e até o nada.
O problema de esperar só a felicidade é que ela nunca vem completa, e a funcionabilidade dela é sempre mostrar que pode ser melhor, e que vai ser melhor mais além. ( pelo menos isso que nos faz acreditar, ou melhor faz-me acreditar)
E assim, vamos, caminhando igual, mesmo sem aquele iodo que dá sabor à vida. Mas, o sabor da vida está no paladar de cada um. Cada animal humanístico de nós tem uma percepção de sabor, de audição, de deglutição. O Poder que temos não é de mudar o gosto do que ingerimos, e muito menos de mudar o equipamento de capitação desses sabores, mas é o poder de poder digerir essa vida, seja lá qual o gosto de que tu sente em cada um que vê. Faz asssim: vai digerir melhor, desossando esses problemas. Jogando-se na cama e dormindo mais 5 minutos, e bocejar (e veja bem: bocejar ás vezes é a melhor das hipóteses): “azar eu gosto!”

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Ler as entrelinhas dos acontecimentos: eis a questão.
E questão de sobrevivência da espécie.
Foi-se o tempo em que um fato era, por si só, um fato.
Em tempos de mercenarismo, (sim, porque não é mais capitalismo, é a época em que se vende a alma pelo preço da venda, que nem sempre é $) é preciso colocar os sentidos e além disso, as ferramentas do pensamento para discernir o que acontece com o mundo.
A cada dia a realidade que nos cerca fica fantasiada de todas as caras possíveis. Caras de gentes que tem interesses que não estão assim tão na cara. Mas que provocam furacões de idéias onde nos fazem rodar, rodar com o objetivo de que fiquemos tontos, desorientados para colocar em xeque as certezas que tínhamos até então. Como que querendo provar que a realidade não existe mesmo, mas a realidade nossa não a deles.
Em meio a mensalões, caos aéreos,descasos sociais, aquecimento global, catástrofes naturais e não, densidade demográfica e pizzarias inteiras políticas, estamos nós . Tentando localizar o norte para alimentar nossa orientação.
Torna-se então imprescindível ver todos os lados de cada acontecimento, revirar, quem sabe dissecar ou porque não desossar. Retirar aquelas partes que não conseguimos mastigar e que na verdade está aí para isso mesmo, impedir a deglutição. Vá que ao engolir a coisa sintamos que não é o que estão dizendo que é e daí coloquemos para fora, bem nos pés daqueles que nos oferecem o prato indigesto.
Sustento que devemos desossar a nossa realidade e ver e cheirar e apalpar e degustar e sentir o barulho que tudo isso faz.
Afinal, quem não seleciona e reconhece o seu “alimento” corre o risco de não sobreviver para perpetuar a sua espécie.